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Mesmo em época junina, em Caruaru, vendas de milho são desanimadoras

No parque 18 de maio, os comerciantes estão desanimados com as vendas de milho e os compradores reclamam do valor das espigas.

Os vendedores de milho estão com os preços mais altos, por conta da seca que se agravou no nordeste, nos últimos meses. E com isto, o movimento não é o mesmo dos anos anteriores. Mas, existem aquelas pessoas que não abrem mão de fazer a pamonha, a canjica, o milho assado, o milho cozinho e pagam pelo preço que estiver à venda.
O milho ganha destaque no nordeste no período junino por conta das tradicionais comidas típicas desta época. O período para plantação no agreste de Pernambuco, por exemplo, se encerrou no dia 15 de abril. Após essa data, quem plantar só vai colher o grão em julho. O escritório do instituto agronômico de Pernambuco, em caruaru, costuma receber seis toneladas de semente de milho, para serem entregues, mas este ano, não houve distribuição porque o solo não tinha condições de receber as sementes. Cidades que usam a irrigação para manter as plantações de milho também estão sofrendo.
A produção já reduziu em 30%. Os poços artesianos estão secando. Há agricultores que deixaram de plantar milho porque consome muita água. Estão agora investindo em outras culturas. Comerciantes já diminuíram a produção de comidas típicas em mais de 50% porque não encontram milho. O preço do produto também aumentou por conta da pouca oferta.