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terça-feira, 20 de outubro de 2015

Greve dos bancários chega na terceira semana sem solução
Em Pernambuco, 87% dos 12 mil bancários estão parados e o movimento já é considerado um dos mais fortes da categoria





A greve nacional dos bancários, deflagrada há três semanas, completadas hoje, segue forte em Pernambuco e não há previsão para término. A paralisação, segundo o Sindicato dos Bancários em Pernambuco (Bancários-PE), já é uma das mais fortes da história recente da categoria. 


No estado, 87% dos 12 mil bancários estão parados. Nas instituições financeiras públicas, a paralisação atinge 98% das unidades, e, nos bancos privados, 77% das agências pernambucanas estão fechadas. Amanhã, o sindicato realiza uma nova assembleia para definir os rumos do movimento, às 18h, na sede do órgão, na Avenida Manoel Borba, nº 564, Boa Vista.

Segundo a presidenta do Bancários-PE, Suzineide Rodrigues, os trabalhadores estão revoltados com o silêncio da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que não negocia com o Comando Nacional dos Bancários desde o dia 25 de setembro. “É um absurdo o desrespeito dos bancos com os bancários e clientes”, disse Suzineide. Para ela, os bancos já poderiam ter solucionado os impasses da Campanha Nacional 2015, se negociassem com seriedade e apresentassem uma proposta decente para os seus funcionários.

“A proposta ridícula apresentada pela Fenaban, a pior da última década, revoltou os bancários. Em que pese os lucros bilionários dos bancos, eles querem dar um reajuste salarial para os funcionários que equivale a metade da inflação do período. São perdas inaceitáveis, por isso a greve segue forte”, explicou Suzineide.

Além do reajuste salarial de 16%, os bancários reivindicam valorização do piso no valor do salário mínimo calculado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), de R$ 3.299,66 em junho, PLR de três salários mais R$ 7.246,82, combate às metas abusivas e ao assédio moral, melhores condições de trabalho, fim da terceirização e proteção ao emprego, vales-alimentação e refeição maiores.

Os bancos ofereceram reajuste de 5,5% (quase a metade da inflação de 9,88% de agosto), que representa perda real de cerca de 4%; e abono de R$ 2,5 mil, pagos apenas uma vez e não incorporados ao salário.

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