Barragem do Prata pode abastecer por no máximo 9 meses, diz Compesa
Período de abastecimento pode diminuir caso população não economize água.
Reservatório em Bonito atende a cinco municípios e está com 81% do total.
A Barragem do Prata pode abastecer o Agreste de Pernambuco por no máximo nove meses, de acordo com o coordenador do sistema Prata-Camevô, Linaldo Mendes Júnior. Ainda segundo ele, o período pode diminuir caso a população não economize água. "Como estamos em um período de escassez de chuvas, então a tendência desse volume - que hoje está em aproximadamente 34 milhões de metros cúbicos - é baixar. Então, a gente tem que ter total cuidado e esperar por chuvas para o manancial da gente chegar a uma situação que a gente possa considerar confortável", alerta.
A Barragem do Prata é localizada no município de Bonito e abaste a cinco municípios da região:Ibirajuba, Cachoeirinha, Altinho, Agrestina e Caruaru. Aproximadamente 422 mil pessoas dependem da barragem.
Ela tem capacidade para armazenar 42 milhões de metros cúbicos. O último levantamento da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa)mostra que o reservatório está com 81% do total. Na mesma época do ano passado, a porcentagem era de 90%.
Além da quantidade de chuva ter diminuído, outro agravante é o fato de Caruaru não está mais recebendo água da Barragem de Jucazinho, que atingiu o volume morto. Assim, o Prata é a única fonte de abastecimento do município maois populoso do Agreste. Isso obrigou a Compesa a mexer com a vazão da água que vai para outros municípios. "Em Agrestina, entrava 100 litros por segundo. A gente reduziu e hoje entra 50 litros por segundo, para a gente dividir a vasão nessas outras cidades e poder chegar mais água a Caruaru", explica Linaldo Júnior.
Ainda segundo o coordenador, o próximo trabalho é o monitoramento da rede para evitar ligações clandestinas. "Se precisar, de alguma forma diminuir mais um pouquinho a vasão das cidades entre a Barragem do Prata e Caruaru, além de pedir o apoio da população para economizar, que é o mais importante. Nós estamos em uma situação de escassez e não queremos chegar ao colapso".
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