Profissionais do Mais Médicos começam a desistir do trabalho em algumas cidades.
A vaca vai pro brejo mais cedo do que se imaginava?
A maior polêmica criada entre a classe médica e o Governo Federal com o programa Mais Médicos nas últimas semanas dizia respeito à falta de estrutura e de condições de trabalho. O Governo acusava os profissionais de serem corporativistas e estarem contra a saúde da população. Os médicos diziam que o que falta no Brasil não são doutores, e sim investimento público em estrutura.
Só o tempo dirá quem está correto, ou se os dois estão errados, já que falta de tudo na saúde do Brasil. Mas uma situação vista ontem já pode começar a dar pistas. Em Caruaru, dos cinco médicos que deveriam se apresentar para o trabalho, apenas dois apareceram. Uma brasileira e uma indiana naturalizada. A terceira, segundo a secretaria de saúde, atrasou, e os outros dois desistiram de trabalhar aqui.
No Recife, quase a mesma proporção. Dos 12 médicos selecionados, apenas seis apareceram para trabalhar. O restante desistiu.
Apenas após o dia 12 de setembro o Ministério da Saúde terá um balanço nacional dos casos de desistência, uma vez que os municípios têm até essa data para confirmar o início do trabalho dos médicos. Ainda segundo o ministério, o médico que não se apresentar terá que justificar a falta e negociar o tempo não trabalhado. O ministério exige que os médicos cumpram carga-horária semanal de 40 horas.
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