Dívida da Petrobras sobe mais R$ 100 bilhões
A dívida da petroleira pode atingir R$ 513 bilhões ao final de setembro.
(Reprodução: Internet)
A disparada do dólar, que atingiu na terça-feira, a maior cotação do Plano Real, agravou ainda mais a situação financeira da Petrobras. Desde junho, a estatal já contabilizou uma alta de cerca de R$ 100 bilhões nas dívidas em moeda estrangeira. Diante do novo patamar do dólar, o endividamento da petroleira pode atingir R$ 513 bilhões ao final de setembro, cifra equivalente a 9,4% de todo o Produto Interno Bruto (PIB) do País em 2014.
As estimativas foram feitas pela consultoria Economática e considera a cotação de R$ 4,04 para a moeda americana. Ontem, diante das incertezas sobre os rumos da política econômica brasileira, o dólar comercial fechou a R$ 4,05.
Com mais de 70% de sua dívida em moeda estrangeira, a estatal é extremamente vulnerável à variação cambial. A reação dos mercados, ontem, foi imediata. As ações da Petrobras amargaram os menores preços desde 2004, fechando o pregão da BM&FBovespa com queda de 3,13% nas ordinárias e de 4,52% nas ações preferenciais.
As projeções sobre o endividamento da estatal consideram a manutenção da moeda americana no patamar médio de R$ 4,04 durante o terceiro trimestre do ano. Nesse caso, a dívida em dólar chegaria a R$ 442,3 bilhões - uma alta de 28% em relação ao último trimestre, quando a estatal contabilizou em seu balanço financeiro uma cotação média do dólar de R$ 3,10.
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