''RECEITA FEDERAL E POLICÍA FEDERAL DEFLAGRAM A OPERAÇÃO ''ALTER EGO'' VISANDO COIBIR FRAUDES NO CPF''
Na manhã de hoje, 12/08/2014, a Receita Federal do Brasil e a Policía Federal deflagraram a ''Operação Alter Ego''(terminologia em latim que significa ''outro eu'') visando desarticular quadrilhas especializadas em fraudar bases de dados da Receita Federal, especificamente o cadastro de pessoa Física-CPF, para posterior utilização em aberturas de empresas, empréstimos bancários e outras ações ilegais.
A operação ocorre simultaneamente, nos Estados de Pernambuco,Pará(01 condução Coercitiva 01 mandado de buscar), Minas Gerais (02mandados de buscar 01 condução Coercitiva ),São Paulo(02 mandados de Buscar e 01 condução Coercitiva), e Rio de Janeiro (01 mandado de Buscar 01 mandado de prisão), com ênfase na Região Metropolitana do Recife (Recife, Olinda, Paulista e Jaboatão dos Guararapes). Estão sendo cumpridos 07(sete) mandados de prisão preventiva, 17 (dezessete) mandado de buscar e apreensão, 14(quatorze) mandados de condução Coercitiva, 19 (dezenove) ordens de identificação criminal e de 07 (sete) afastamento de agentes públicos (04 da RFB e os 03 dos Correios).
As medidas estão a cargo de 110 Policíais Federais (Agentes, Escrivães, papiloscopistas, Peritos e Delegados) e 50 (cinquenta) Servidores da Receita Federal do Brasil (auditores e analistas) perfazendo um total de 160 pessoas distribuídas em 20 (vinte) equipes. Durante o transcurso das investigações que tiveram início através da Receita Federal em meados de 2012, já foram indiciadas até o presente momento, 16 (dezesseis) pessoas em iquérito policíal.
A operação foi iniciada após análise de risco interna da Receita Federal por meio de seus Escritórios de Corregedoria, a qual detectou que alguns servidores e empregados dos correios, entidade conveniada para inserção e alteração de CPFs, estavam envolvidos na emissão de centenas de CPFs, com indicíos de fraude.Há pouco mais de um ano, após o início da investigação conjunta com o Escritório da Corregedoria da RFB foi possivel colher robustas provas da existência de, pelo menos, 03 (três) quadrilhas especializadas nessa atividade criminosa formadas, inclusive, por Agentes públicos. A investigação focou na fase de criação dos CPFs, sendo certo que já foi possível perceber seu uso em golpes de internet, criação de empresas e fraudes contra credores.
Os pricipais crimes investigados são de inserção e alteração de dados falsos em sistemas informatizados públicos, corrupção passiva e corrupção ativa (todos com penas para cada crime de 2 a 12 anos) além de lavagem de dinheiro e associação criminosa. Com o objetivo de fortalecer as provas já existentes, espera-se, nesta fase, durante análise do material apreendido, conhecer dados de diversos outros CPFs criados fraudulentamente.
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