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domingo, 5 de abril de 2015

Brasil deve perder 300 mil postos de trabalho formais em 2015

 

O potencial de criação de emprego do País encontra-se hoje bastante comprometido, segundo concluem Fábio Silveira e Lucas Foratto, da GO Associados, em relatório distribuído a clientes. Eles preveem a eliminação de 300 mil postos de trabalho formais na economia brasileira neste ano, contrariando a geração líquida de 357 mil postos em 2014.


"Neste primeiro semestre, apesar da provável contabilização de algum saldo positivo de postos no setor de serviços e comércio, o mercado de trabalho deve continuar a se aprofundar, em resposta não apenas ao cenário doméstico desfavorável para o biênio 2015-2016, mas também à letargia demonstrada pelas exportações brasileiras, apesar da forte desvalorização do real" avaliam os analistas da GO Associados.

Com base nos dados de eliminação de 2,4 mil empregos formais em fevereiro, de acordo com o Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (TEM), Silveira e Foratto assumem a tese de que o mercado de trabalho começou a evidenciar os efeitos da dinâmica recessiva da economia.

Com o fechamento das vagas anotadas em fevereiro, o estoque de demissões acumuladas nos últimos 12 meses saltou para 47 mil.

De acordo com a GO Associados, os setores de comércio e serviços são os únicos que ainda resistem à tendência de retração do mercado de trabalho. Nos últimos 12 meses encerrados em fevereiro, esses dois setores produziram liquidamente 429 mil vagas. Já a indústria eliminou 462 vagas e a agricultura fechou 14 mil postos de trabalho.

Na média, a taxa de desemprego subiu a 5,9% ante a marca de 5,1% em fevereiro de 2014. Nesta mesma base de comparação, o contingente de pessoas desocupadas cresceu 14,2% e alcançou 1,42 milhão de pessoas. A População Economicamente Ativa (PEA), por sua vez, caiu 0,4% para 24,2 milhões de pessoas. O rendimento real médio, também na comparação de fevereiro deste ano com o mesmo mês de 2014 caiu 0,5% para R$ 2.163,00. Em relação a janeiro último, a queda foi de 1,4%.

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