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sábado, 19 de julho de 2014

SÓ ERA O QUE FALTAVA...
“Queria estar no voo”, diz brasileiro que perdeu marido em queda de avião…

O brasileiro Claudio Manoel Villaça Vanetta (à esq.) com o companheiro Glenn Thomas (Foto: Reprodução/Facebook/Claudio Manoel Villaça Vanetta)
O brasileiro Claudio Manoel Villaça Vanetta (à esq.) com o companheiro Glenn Thomas 

O brasileiro Claudio Manoel Villaça Vanetta lembra exatamente a hora da última ligação que recebeu de seu marido, o inglês Glenn Thomas: 11h32, horário de Amsterdã. Como fazia sempre que viajava, Glenn, que era jornalista da Organização Mundial da Saúde (OMS), ligava para o companheiro logo antes de embarcar. “Ele me mandou um beijinho e disse: ‘Assim que eu chegar eu te ligo’”, conta.

Mas quem ligou para Claudio algumas horas depois foi o chefe de Glenn, para informar que o avião em que ele estava, o voo MH17 da Malaysia Airlines, havia caído na Ucrânia. Eram 17h30 em Genebra, onde Claudio mora, e ele estava tão concentrado no trabalho que ainda não tinha visto notícias sobre o acidente.

Foi assim que ficou sabendo que havia perdido o companheiro de 11 anos – “11 anos maravilhosos”, como fez questão de frisar durante toda a entrevista –, uma pessoa “com o sorriso mais lindo que o planeta já pôde fazer”.

“Ainda não parece realidade. Parece um sonho, uma brincadeira. Não consigo aceitar”, disse Claudio . Filho de uma paraense com um suíço, Claudio morou no Brasil até os 10 anos de idade, quando se mudou para o país do pai. Hoje, aos 52, trabalha no departamento financeiro de um banco em Genebra.

Ele conheceu Glenn em um restaurante japonês. “Era uma pessoa extremamente alegre, cheia de humor. Nunca vi um sorriso tão lindo. Era um sorriso mágico, que ele herdou da mãe dele”, conta.

Os dois perceberam logo que tinham muito em comum. “Tínhamos o mesmo senso de humor, o mesmo gosto pela música, por viagens, pela moda. Não precisávamos falar muito. Era uma identificação total”, conta.

O jornalista pegou o voo da Malaysia para participar da Conferência Internacional sobre a Aids, que começa neste domingo (20) na Austrália. Ele costumava viajar a trabalho pelo menos uma vez por mês. No dia em que saiu de Genebra para Amsterdã, Glenn deixou Claudio no trabalho. Comentaram sobre o tempo, pois era o primeiro dia de calor depois de um mês de julho muito frio na cidade. Ele seguiu, então, em direção ao aeroporto.

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