A pena para quem compra celular roubado pode chegar a 8 anos de reclusão.
(Reprodução: Internet)
De acordo com a Secretaria de Defesa Social (SDS) de Pernambuco, 55% dos assaltos praticados no estado têm o celular da vítima como objetivo principal do roubo. A tendência se repete nos assaltos a ônibus que, nos primeiros 86 dias do ano, chegaram a 503 ocorrências, especialmente no Grande Recife. Um dos motivos para isso seria a facilidade na venda dos aparelhos no mercado informal. Para tentar diminuir a incidência, a Polícia Civil criou um serviço na internet, que ajuda a descobrir se aparelhos recuperados com suspeitos são roubados.
Por meio da ferramenta, também é possível descobrir a quem pertence o celular, a partir do número de identificação dos aparelhos, o Imei. O código precisa ser cadastrado no site da SDS, junto a uma série de dados pessoais. O processo pode ser realizado como prevenção, sem precisar ter sido roubado, ou mesmo após o crime. São necessários dados como CPF, RG e alguma forma de contato, a partir da qual a vítima possa ser contatada.
Caso algum aparelho seja recuperado em operações da polícia, o mesmo código vai ser inserido no banco de dados da SDS e, se for o mesmo cadastrado por um usuário, a vítima do roubo será contatada para recuperar o celular. Usando o teclado do próprio aparelho, é possível consultar o Imei, digitando o número *#06#. Na tela, será possível ver uma série de 15 dígitos, que deverão ser inseridos no Alerta Celular. O número também pode ser conferido na nota fiscal da compra do celular ou na parte interna do aparelho.
Segundo o chefe da Polícia Civil em Pernambuco, Joselito Amaral, quem compra celulares ou qualquer objeto roubado pode responder judicialmente pelo crime de receptação. "Alguém que compra um aparelho por um preço muito abaixo do usual no mercado, por exemplo, pode ser enquadrado pelo crime de receptação dolosa, quando há ciência de que aquilo foi produto de roubo. A pena pode chegar a até oito anos de reclusão", disse Joselito.
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