Captura, que ocorreu em Buenos Aires, na Argentina, foi efetuada a partir de mandado de prisão expedido em Pernambuco.
Policiais federais de Pernambuco, com apoio da Polícia Internacional (Interpol), prenderam dois argentinos que estavam sendo procurados por causa de um golpe de R$ 7 milhões contra uma empresa brasileira que tem filial no estado. O engenheiro Joe Fordham, 53 anos, e a companheira dele, advogada Natacha Fraser, 47 anos, foram localizados em Buenos Aires, capital daquele país.
Segundo a PF, eles eram alvo de um mandado de prisão expedido pela 4ª Vara Criminal de Pernambuco, em dezembro de 2017. O casal foi denunciado pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE), em agosto do mesmo ano. Quatro meses depois, Joe e Natacha fugiram para a Argentina.
A prisão do casal ocorreu na quinta-feira (22), mas só foi divulgada nesta terça-feira (27), por meio de nota enviada pela PF em Pernambuco. A corporação informou que eles são apontados como responsáveis por um a fraude contra uma empresa do setor de geração, transmissão, distribuição e comércio de energia elétrica. A companhia tem sede em Nerópolis(GO) e também atua em Pernambuco.
De acordo com a PF, entre março de 2011 e maio de 2016, os argentinos se ofereceram para atuar como facilitadores de negócios da empresa brasileira com empresários do país de origem, no ramo de termoelétricas. Eles alegaram, segundo a corporação, que tinham experiência no Brasil e na Argentina.
Aos empresários brasileiros, o casal informou que existia a possibilidade de fechar um negócio para a compra de uma empresa argentina. Essa companhia ficaria sob o comando de um grupo sediado em Buenos Aires.
A PF esclareceu que o negócio foi fechado tendo como base uma suposta determinação da legislação argentina sobre a participação de estrangeiros naquele tipo de acordo. Ele previa que um dos sócios deveria ser argentino e ficaria responsável por 5% do capital social da empresa. Por isso, Joe e Natacha passaram a controlar a termelétrica
A nota da PF informa que, em 2016, os brasileiros descobriram que o casal tinha repassado informações inverídicas sobre a exigência da legislação argentina sobre quem deveria participar do controle da termelétrica. Depois, ficou contatado, segundo a PF, que a dupla fez retiradas de ativos da empresa.
Alerta
No dia 1º fevereiro deste ano, informa a PF, foi publicado um alerta vermelho no banco de dados da Polícia Internacional. Os dois estão presos em Buenos Aires e esperam a tramitação de acordos de extradição entre Brasil e Argentina. A dupla pode pegar mais de 10 anos de cadeia por estelionato.
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