O governo lançou hoje a versão-teste do Documento Nacional de Identidade (DNI), uma identificação digital que reunirá diferentes registros civis, como CPF e título de eleitor. Os primeiros a testar o novo documento são cerca de 2.000 servidores do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Ministério do Planejamento.
A partir de julho, o documento único digital deve começar a chegar ao restante da população. O plano é que o DNI incorpore diversos documentos à medida em que sejam firmados convênios com órgãos públicos para a integração da base de informações. Francisco Lopes, presidente do INSS, diz que futuramente o documento deve agregar dados relativos à contribuição previdenciária do trabalhador.
O documento usa as bases de dados de biometria do TSE, do governo federal e do Poder Judiciário. Para baixar o aplicativo e ter acesso digital ao documento será preciso ter feito o cadastramento biométrico na Justiça Eleitoral – mais de 7o milhões de pessoas cadastradas no TSE com foto e impressão digital.
O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, disse que a ideia é simplificar e tornar eficiente a identificação dos cidadãos. Segundo ele, o custo unitário do documento digital será de dez centavos. “Descortina-se com o DNI uma imensa avenida de possibilidades porque a solução que está sendo dada é inteligente, digital, sem burocracia, flexível e adaptável a todos os tipos de serviços”, afirmou, acrescentando que futuramente as pessoas naturalmente passarão a usá-lo como o principal documento de identificação.
O presidente Michel Temer destacou que o DNI vai facilitar a vida dos cidadãos e ampliar a segurança. “A intenção é que o DNI venha concentrar vários documentos em um único. Teremos menos papel. A vida de todos, de alguma maneira, ficará mais fácil. A ideia de um documento de identidade todo digital, que possamos acessar pelo telefone, é muito prática e será também sinônimo de segurança”.
O DNI é resultado do projeto de Identificação Civil Nacional, que tem o objetivo de possibilitar a emissão de um documento único do cidadão brasileiro, válido no território nacional, bem como a autenticação biométrica do cidadão em todos os órgãos e entidades governamentais e privados. O projeto de lei foi aprovado pelo Congresso Nacional e sancionado pela Presidência da República em maio de 2017
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