Colheita, que geralmente é de 50 sacas de feijão por hectare, se restringiu a apenas 12.
Foto: Pedro Reveillon/Palácio Piratini
Presente no cardápio no dia a dia ou na feijoada de domingo, ninguém discorda que o feijão é o mais brasileiro dos pratos. No mês de junho, entretanto, graças às secas que atingiram os Estados do Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais, Estados responsáveis pelo fornecimento de cerca de 70% dos grãos que chegam às prateleiras dos mercados em Pernambuco, a modalidade conhecida como feijão carioca (mulatinho) pode ficar fora da mesa de muitas famílias. Ainal, com a baixa oferta do produto na região vem a disparada de preços. Indústrias locais garantem que o feijão pode chegar ao consumidor final custando entre R$ 10 e R$ 12 ao longo deste e do próximos mês, situação da qual todo mundo vai querer fugir nessa crise.
“Em condições climáticas adequadas, um produtor consegue colher, em média, 50 sacas de feijão por hectare, o equivalente a 3 mil kg do produto. Por causa das secas, o que tivemos foi um número entre oito e 12 sacas no mesmo espaço, insuficiente para abastecer nosso consumo”, afirma o empresário Railson Benjamim, da Oasis Alimentos, grupo responsável pela marca Feijão Turquesa. Outra região prejudicada e da qual trazemos feijão foi o Paraná, que sofreu justamente com o problema oposto, o das chuvas. “Enquanto no Centro-Oeste e no Sudeste os produtores tentaram recorrer a sistemas de irrigação para recuperar as colheitas, no Paraná, outros lamentavem as chuvas em excesso”, completa.
De acordo com o presidente da Associação Pernambucana dos Supermercados (Apes) Edvaldo Lira, os supermercados estão tentando negociar ao máximo para o produto não ultrapassar os R$ 10 nas prateleiras de seus estabelecimentos. “Sabemos o quanto seria ruim para o consumidor com orçamento tão apertado”, revela.
Quem já notou a alta de preços do feijão carioca foi o representante comercial Paulo André Donato. “Já estou procurando um substituto de igual valor nutricional para colocar na dieta, como o grão-de-bico ou outras leguminosas, porque realmente está muito caro”, queixou-se. A substituição do carioca deve guiar muitos outros consumidores. É o que aposta o gerente nacional da Josapar, marca responsável pelo Feijão Biju, Rodrigo Grosf.
“A expectativa é de que os consumidores procurem outros tipos de feijão, como o macassar e o preto”, revela. Para esses tipos de grão, o preço médio está saindo entre R$ 4,90 e R$ 6,50, uma boa economia frente aos R$ 10 do carioca. E, mesmo que o consumo migre massivamente para outros tipos de feijão, Rodrigo não acredita que eles também terão uma subida de preço tão elevada por conta da procura. “A próxima safra de feijão virá em 50 dias, e a expectativa é de que a produção retorne ao normal, o que significa que o consumidor só precisará substituir por um curto período de tempo”, confirma.
JC Online
Aqui em São Jose do Rio Preto SP
ResponderExcluir2 kl esta R$24.00 esta uma conversa que o arroz vai subir.