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terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Fiocruz e UFPE esterilizam Aedes com energia nuclear em Fernando de Noronha, PE

Fátima Souza mosquito  (Foto: Divulgação)  
Mosquitos machos estéreis estão sendo liberados no ambiente. 
(Foto: Divulgação/Fiocruz)

A Fiocruz Pernambuco e a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) estão trabalhando em conjunto em um teste que busca diminuir a população do mosquito Aedes aegypti, através da esterilização dos machos com radiação gama. O projeto piloto está liberando mosquitos em quatro pontos da Vila da Praia da Conceição, no arquipélago de Fernando de Noronha.

De dezembro até a primeira quinzena de fevereiro foram feitas nove liberações, cada uma com três mil machos estéreis. Esses mosquitos foram produzidos no insetário da Fiocruz e passaram pelo ainda Irradiador Gammacel, do Departamento de Energia Nuclear da UFPE (DEN/UFPE), cuja fonte radioativa é o Cobalto 60, antes da fase alada.

Os machos esterilizados com energia nuclear são soltos no meio ambiente, onde disputam com outros o acasalamento. A fêmea do mosquito costuma ficar disponível para acasalar somente uma vez em sua vida. Ao cruzar com os estéreis, elas acabam não se reproduzindo e, assim, há a diminuição da densidade populacional do Aedes.

A escolha por Noronha foi estratégica, segundo a Fiocruz. Além do isolamento da ilha, há um sistema de monitoramento do vetor que já está consolidado no local - o SMCP-Aedes, desenvolvido pela Fiocruz PE e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O sistema conta com 103 ovitrampas instaladas e mapeou, nos últimos três anos, os locais e os períodos do ano de maior infestação.

Em laboratório, foi observada uma redução de 70% da viabilidade dos ovos com a inserção dos novos mosquitos. Os resultados em campo ainda estão sendo avaliados pelos pesquisadores. A coordenadora do projeto, a pesquisadora da Fiocruz PE Alice Varjal, lembra que uma das dificuldades em controlar o Aedes aegypti é a existência de uma população inativa – os ovos dormentes, com potencial para produzir larvas. Eles aguardam apenas que os criadouros onde foram depositados, que estão temporariamente secos, voltem a receber a água para nascer.


Fonte: g1.globo.com/pernambuco

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