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quarta-feira, 13 de maio de 2015

Pesquisadores da UFRPE fazem primeiro registro no Nordeste de nascimento de jacarés-paguá

 
Dois filhotes estão sendo acompanhados, onde serão soltos em seguida.
(Foto: Divulgação/UFRPE)

Pesquisadores da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) fizeram o primeiro registro no Nordeste do nascimento de filhotes de jacaré-paguá. A espécie tem ocorrência em Pernambuco juntamente com os mais comuns jacarés-do-papo-amarelo, mas nunca tinha tido a reprodução documentada na região. O acompanhamento desses répteis, que ocorre pela terceira vez no País, é visto como essencial no processo de conservação.

Doze ovos, de um ninho de 14, eclodiram na última sexta-feira (8), na área do Parque Estadual Dois Irmãos, na Zona Norte do Recife. Dos que nasceram, dois precisaram de ajuda para romper a casca e estão passando por exames e procedimentos de marcação. Uma avaliação definirá se eles podem ser soltos, o que deve acontecer na quarta (13) ou na quinta-feira (14). Já os demais jacarezinhos seguiram sua jornada assim que saíram dos ovos.

A professora Jozélia Correia, coordenadora do projeto de pesquisa Ecologia de Crocodilianos, da UFRPE, explica que o ninho foi localizado em abril, em uma área vulnerável na rua Dom Manoel de Medeiros, no bairro de Dois Irmãos. No local, o material de monitoramento foi danificado. O jacaré fêmea, que era observado frequentemente, deixou de ser visto após a ocorrência dos estragos. Com isso, apenas o macho foi marcado e monitorado.

“Percebemos que o ninho estava muito exposto e as pessoas estavam interferindo, então o translocamos para uma área mais protegida, e realizamos procedimentos como pesagem, medição e instalação de aparato para medir temperatura e demais condições para a eclosão”, explica a pesquisadora. A equipe conseguiu registrar o nascimento quando realizava uma visita diária ao ninho. Técnicos do Parque de Dois Irmãos também participaram dos trabalhos.

Ainda segundo Jozélia, ainda há poucas informações sobre a espécie Peleosuchus palpebrosus. Por isso, o projeto tem a proposta de adquirir dados e achados sobre esses animais, como habitat, alimentação, hábitos e reprodução. “Eles estão em uma lista de animais que têm dados deficientes. Então, fazer esse registro foi importante. Mesmo com a interferência, com o ato de transferir o ninho, conseguimos essa vitória”, ressalta a pesquisadora.

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