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quarta-feira, 26 de março de 2014

Recifense quer vender 20 mil trufas para comprar casa e evitar despejo

Amigos ajudam na tentativa de cumprir prazo, que termina dia 5 de abril.
Gilvânia Fagundes, 33 anos, faz campanha em rede social para conseguir.



Gilvânia Fagundes da Silva, 33 anos, vende trufas para tentar comprar a casa própria (Foto: Luna Markman / G1)Pelas contas, ela precisa vender 20 mil trufas para conseguir o dinheiro necessário para a compra da casa em que mora no Morro da Conceição 

A geladeira da casa de Gilvânia Fagundes da Silva, 33 anos, está lotada com as trufas que tem produzido para vender e, com o dinheiro, comprar a casa onde atualmente mora de aluguel, no Morro da Conceição, na Zona Norte do Recife. Antes do carnaval, ela recebeu a notícia de que teria que deixar o imóvel, caso não o comprasse por R$ 35 mil.  A ideia de comercializar o doce -- que tem cobertura de chocolate e recheio variado -- surgiu em uma reunião familiar e, pelas contas, ela precisa vender 20 mil unidades. O prazo termina no dia 5 de abril.

Gilvânia nasceu no Córrego do Euclides, também na Zona Norte do Recife, mas com oito anos foi morar no Morro da Conceição com a avó. Há um ano, precisou mudar da antiga residência porque o proprietário quis reformar e transformar o imóvel em dois e vendê-los. Encontrou um lar na casa 331 da Rua São Gonçalo de Amarante. No local, ela mora com o marido Gildo Venceslau Silva e dois filhos, Juan, 12 anos, e Jean, 9 meses.

Agora, o "pesadelo" retornou. "Quando eu recebi a notícia, pensei: 'mudança novamente'. A gente já não não tem muita coisa e, quando vai se mudar, estraga uns móveis, perde outros. Já procurei outras casas por aqui, mas a mais barata estava por R$ 65 mil e precisava de reformas. Não quero sair do Morro porque tenho um laço aqui, amigos, família, a quadrilha [junina] que faz a cultura aqui em cima", enumerou.
Gilvânia Fagundes da Silva conta com ajuda de parentes para fazer trufas para vender (Foto: Luna Markman / G1)
 

Gilvânia conseguiu emprestados R$ 15 mil com a avó Iraci Josefa e, durante uma reunião com a família para discutir o assunto, a ideia de vender trufas partiu de Eduardo José de Souza, marido da prima Andreza. O casal produz e comercializa o doce há cerca de dois anos. "Eu vi o 'aperreio' dela, e a gente sabe que vendendo [trufa] dá para levantar o dinheiro necessário, principalmente fazendo essa mobilização social", disse Eduardo.
 
"Trufa do Bem"
No mesmo dia, Gilvânia postou na página pessoal no Facebook que estava vendendo trufas. Como estava de férias em fevereiro, tirou um tempo para aprender a receita e começou a fabricar o doce em casa. Agora, emendou com a licença que tirou da loja onde trabalha como caixa, por conta da catapora que o filho Jean pegou.

Eduardo e Andreza compram o material para Gilvânia produzir as trufas. Cada unidade é vendida a R$ 2, sendo R$ 1 o valor de custo da receita e R$ 1 de lucro, guardado para a compra da casa. "Eu faço cerca de 30 trufas por dia. Podia fazer mais, porém não tenho freezer", lamentou. São 11 sabores disponíveis: brigadeiro, menta, bem-casado, beijinho, limão, maracujá, morango, açaí, amendoim, ameixa e napolitano.

Uma amiga batizou o produto de "Trufa do bem". Até o momento, Gilvânia já vendeu 1.500 unidades do doce e pagou R$ 10 mil ao dono do imóvel. "Não estou fazendo nada sozinha, tem muita gente me ajudando. Amigos que pegam comigo para vender na faculdade, no trabalho. Como eu sou diretora da quadrilha Tradição, conheço o pessoal do meio e as pessoas levam também para vender nos ensaios. Eu não vou desitir até o prazo terminar", contou.

As trufas podem ser encontradas nos ensaios da quadrilhas Junina Zabumba (Camaragibe), Junina Raio de Sol (Beberibe), Dona Matuta (San Martin), Junina Tradição (Morro da Conceição) e a Junina Mirim Sapeca (Morro da Conceição), além do Pastel da Tia Anastácia, no Alto do Mandu. Também dá para entrar em contato com Gilvânia pelo Facebook.

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