A realização da audiência pública, na cidade de Bezerros, nesta sexta-feira (04), foi o primeiro passo para concretizar a obra da Adutora de Serro Azul, um investimento de R$ 200 milhões, recursos do Governo do Estado e Compesa, com o financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A nova adutora irá transportar uma vazão de 500 litros de água por segundo, a partir da Barragem de Serro Azul, localizada em Palmares, na Zona da Mata Sul, para ser destinada ao abastecimento de 800 mil pessoas em dez cidades da região Agreste.
Dentro de 15 dias deve ser publicado o edital de licitação e a previsão é que até o mês de outubro, seja assinada a ordem de serviço para início da obra. O prazo de conclusão da Adutora de Serro Azul é março de 2019.
“Hoje, nós pudemos fazer uma apresentação detalhada desse projeto. A audiência pública é um requisito legal para obras muito grandes, acima de R$ 150 milhões, é o primeiro ato que se faz para a licitação. A Adutora de Serro Azul é a obra hídrica estruturadora mais importante para antecipar a chegada de água à Adutora do Agreste e dar funcionalidade às tubulações já assentadas”, explica o presidente da Compesa, Roberto Tavares, lembrando que o Ramal do Agreste é a obra do governo federal projetada para receber plenamente as águas da Transposição do Rio São Francisco e alimentar a Adutora do Agreste, no entanto, essa obra sequer foi iniciada e a previsão é que ficará pronta em 2022. “Quando o governador Paulo Câmara percebeu que o Ramal demoraria para injetar água na Adutora do Agreste, ele pediu ao corpo técnico da Compesa que apresentasse soluções para não atrasar o abastecimento das cidades da região”, explica.
O projeto da Adutora de Serro Azul prevê a implantação de 68 quilômetros de adutora, quatro estações de bombeamento e um reservatório com capacidade para armazenar 4,5 mil metros cúbicos de água. A nova adutora será interligada à Adutora do Agreste na cidade de Bezerros, próximo a Encruzilhada de São João, e vai beneficiar, de forma direta, as cidades de Gravatá, Caruaru, Bezerros, São Caetano, Belo Jardim, Sanharó, Tacaimbó, São Bento do Una, Toritama e Santa Cruz do Capibaribe. As outras alternativas encontradas pelo Governo do Estado para atender a região Agreste foram a Adutora do Moxotó, que vai ser concluída em dezembro deste ano e trará água da Transposição até Arcoverde, a Adutora do Pirangi e a Adutora do Siriji, estas duas últimas já concluídas. Pirangí foi executada em ritmo emergencial (sete meses) para preservar a Barragem do Prata, em Bonito, enquanto que a Adutora do Siriji, já está abastecendo as cidades do Agreste Setentrional com água de Vicência, na Zona da Mata Norte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário