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segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

CHUVAS MUDAM CENÁRIO E LAGO DE SOBRADINHO NÃO DEVE ATINGIR O VOLUME MORTO, SEGUNDO CHESF


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A Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf) informou que, desde o dia 2 de dezembro,  a vazão que está chegando (afluente) ao reservatório de Sobradinho, no norte da Bahia, passou a ser maior que a vazão de saída (defuente). Por autorização da Agência Nacional de Águas e do Ibama, a Chesf está praticando uma vazão de  900 metros cúbicos por segundo (m³/s) a partir de Sobradinho.
Estamos recebendo 980 m³/s e sabemos que houve chuvas na região do São Francisco acima de Sobradinho, o que mudou o cenário de chegar a 0% do volume útil do reservatório nesse início de dezembro”, disse o presidente da Chesf, José Carlos de Miranda Farias.
Segundo a assessoria da Chesf, o período úmido na Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco vai de novembro a maio e, pelo histórico, sempre há chuvas nesses meses. A expectativa da Chesf é conseguir manter o reservatório de Sobradinho acima de 1% de volume útil e garantir o uso múltiplo da água – principalmente para abastecimento e irrigação. No último boletim divulgado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), na sexta-feira (4), o lago estava com 1,11% de sua capacidade total de armazenamento.
A geração de energia elétrica não é a maior prioridade na Bacia do Rio São Francisco neste momento, já que temos o Sistema Interligado Nacional, o que nos permite fazer o intercâmbio de energia entre regiões, além da forte participação da energia eólica na matriz energética nordestina e, também, a produção das termelétricas”, destacou Miranda Farias.
Reunião
Atualmente, a Usina de Sobradinho está produzindo 180 MW médios e pode parar de gerar se o volume útil do reservatório chegue a 0% – nesse caso, ainda haverá seis bilhões de m³ de água armazenados.
A Chesf tem autorização para praticar os 900 m³/s até o dia 20 deste mês. No próximo dia 15, haverá reunião da Agência Nacional de Águas (ANA), com a participação de representantes dos usuários da Bacia Hidrográfica do São Francisco, em Brasília, para decidir sobre possível a redução da vazão para 800m³/s. Esta é a maior seca registrada na Bacia Hidrográfica do São Francisco em 84 anos. (foto: arquivo/Marco Aurélio)

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