O trabalho é pioneiro em Pernambuco. O Rio Ipojuca, considerado um dos mais poluídos do país, ganhou uma mãozinha no controle da sujeira. Trata-se da barreira ecológica, uma ferramenta barata e simples, que ajuda na contenção do lixo, facilitando assim o recolhimento do material que é depositado indevidamente em canais da cidade e acabam desaguando no Ipojuca.
Atualmente, o trabalho de limpeza dos canais e do Rio Ipojuca é feito com máquinas, mas não é possível limpar a totalidade no mesmo momento. As cortinas são justamente para aumentar a eficiência do serviço que hoje é feito, e acaba esbarrando na insistência da população em jogar lixo em locais inadequados, o que não permite a constância da sensação de limpeza.
A barreira ecológica é uma espécie de cortina, que é responsável pela contenção dos lixos que não conseguem ser retirados pelas máquinas. Garrafas pet, bolsas plásticas, vidro, madeira, latas de refrigerante e outros objetos, que são facilmente encontrados nos canais de Caruaru, esbarram nesta cortina metálica, e podem ser retirados com maior facilidade pelas equipes da Diretoria de Limpeza.
Além da contenção do lixo, as barreiras são importantes também na luta contra o aedes aegypti, o mosquito que desde sempre é um vilão, mas que há pouco tempo passou a preocupar ainda mais a população, por causa de sua ligação com doenças graves, que podem acarretar em morte. É que com a retirada do lixo a água não fica empoçada. Automaticamente, criadouros são anulados. “Uma tampinha de garrafa que acumula água limpa e conseguimos retirar da natureza já interfere positivamente”, comentou o diretor de Limpeza Urbana, Maurício Silva.
O canal do Salgado foi o primeiro a receber essa importante arma. A ecobarreira, como também é chamada a cortina, está sendo monitorada. O trabalho deverá ser avaliado ainda esta semana, quando o lixo será contabilizado, verificando-se a viabilidade da implantação do projeto em outros canais da cidade. O próximo canal a ser contemplado será o do bairro Santa Rosa.
“Um de nossos objetivos com a utilização da barreira é justamente evitar que o lixo chegue em sua totalidade ao Ipojuca. A ideia é conter o material quando ele ainda está nos canais, o que permite um trabalho mais dinâmico e com custo bem mais baixo”, explica Silva.
Ainda de acordo com o diretor, mensalmente, são gastos cerca de R$ 150 mil para fazer a manutenção do Ipojuca. O investimento com uma ecobarreira fica em torno de R$ 3 mil, dependendo da extensão do local onde estiver sendo implantada. “Não vamos deixar de fazer o trabalho com as máquinas e nossas equipes de limpeza, mas a cortina é uma aliada importantíssima”, defendeu.
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