Madre Teresa em encontro com o Papa São João Paulo II.
(Reprodução: Internet)
O papa Francisco certificou o milagre necessário para santificar Madre Teresa de Calcutá, informou o Vaticano nesta sexta-feira (18). Com isso, a religiosa que cuidou dos mais pobres receberá a maior honra da Igreja Católica apenas duas décadas depois de sua morte, tornando-se uma santa.
Francisco aprovou um decreto atribuindo um milagre à intercessão de Madre Teresa durante uma audiência na quinta-feira, quando o pontífice cumpriu 79 anos, informou o Vaticano. Não foi fixada uma data para a canonização, mas a imprensa italiana especula que ela poderia acontecer na primeira semana de setembro do próximo ano, para coincidir com o aniversário da religiosa, em meio ao ano santo da misericórdia decretado pelo papa.
Ganhadora do Nobel da Paz, Madre Teresa morreu em 5 de setembro de 1997, aos 87 anos. Na época de sua morte, a ordem dela, as Missionárias da Caridade, tinha 4 mil freiras, que comandavam quase 600 orfanatos, abrigos e clínicas pelo mundo.
O papa Francisco conheceu Madre Teresa, quando ambos participaram do sínodo do Vaticano em 1994. Na ocasião, o hoje pontífice era arcebispo. Jorge Mario Bergoglio viu nela uma mulher forte, capaz de dar um testemunho corajoso em meio à assembleia de bispos, lembrou o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi. "Eu teria medo de tê-la como minha superior, já que ela era tão dura", lembrou o pontífice.
Nascida na Macedônia como Agnes Gonxha Bojaxhiu em 1910, a religiosa foi beatificada em 2003, em Roma, após o Vaticano dizer que as orações de uma indiana à freira livraram a mulher de um tumor considerado incurável. O milagre necessário para a canonização é relativo à cura inexplicável em 2008 de um homem no Brasil, que havia ficado um dia em coma, segundo o jornal italiano católico Avvenire. O Vaticano aceitou que as orações da mulher do paciente pela intercessão de Madre Teresa foram responsáveis pela cura.
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