Secretário da SDS afirma que pelo menos três quadrilhas estão atuando em Pernambuco
A onda recente de crimes contra agências bancárias no interior de Pernambuco deixou um rastro de intranquilidade. Para os moradores dos 22 municípios que foram alvo das quadrilhas este ano, a serenidade deu lugar ao medo de novas investidas. Diante dessa crise, o secretário de Defesa Social, Alessando Carvalho, tem uma receita: é preciso dividir a responsabilidade com os envolvidos no assunto. Para ele, os bancos também devem investir em novos equipamentos e em segurança para inibir a ação de bandidos.
O secretário acredita que as instituições financeiras deveriam reforçar as estratégias de prevenção. Carvalho cita, como exemplo, sistemas capazes de incinerar as cédulas em caso de danos ao cofre e aos terminais de autoatendimento.
Também ressalta que existe uma máquina de fumaça que dificulta a entrada de assaltantes em agências depois de arrombamento das portas e quando são atingidos os sensores de segurança. "É uma fumaça tão densa que ninguém consegue ficar no banco", observa.
Alessandro ressalta que essa possibilidade de aumento de investimentos em segurança física é remota. Para ele, os bancos estão mais preocupados com a segurança virtual, ambiente da maioria das transações bancárias da atualidade.
"Eles informam ter investido bilhões de dólares, nos últimos anos, em segurança. Mas isso em sistemas de criptografia e de bloqueio de bandidos que atuam nos computadores. Os bancos fazem uma conta de quanto perdem com esses assaltos e quanto deveriam investir em segurança física e terminam evitando esses custos", observou. O secretário acrescenta que as normas que regem o sistema de segurança bancária são antigas. "A lei é de 1983", lembra.
Ainda segundo o titular da SDS, ele afirma que pelo menos três quadrilhas estão atuando emPernambuco. Alguns casos aconteceram perto de Alagoas. A onda mais grave de crimes, no entanto, ocorreu nas cidades que têm limite com a Paraíba. Entre os dias 5 de julho e 5 de agosto, foram oito ocorrências na mesma região. "Estamos investindo no trabalho de inteligências, que é fundamental em operações como essas", declarou.
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