Anuncie Aqui ...

Encontre Aqui A Postagem Desejada:

Curta Nossa Página No Facebook e Fique Sempre Bem Informado !

domingo, 14 de abril de 2013

Seca provoca flagelo econômico em Pernambuco

Pecuária do Estado contabiliza prejuízo de R$ 1,5 bilhão



 Na seca de 1932, o jovem Miguel Arraes decidiu fazer prontidão na frente de sua casa, no município cearense do Crato. Com uma jarra do lado e bolachas à mão, o ex-governador de Pernambuco distribuía água e comida com retirantes famintos. Hoje, a calamidade tem outra face. A imagem de crianças esquálidas de Vidas Secas não representa a “nova estiagem”. Programas de transferência de renda abrandaram a vergonha da fome. O flagelo é econômico. No Semiárido pernambucano, atividades produtivas foram quase dizimadas. Só na pecuária, o prejuízo é de R$ 1,5 bilhão. Há 2 anos não cai chuva suficiente para plantar feijão e milho. O verão prolongado comprometeu até a produção irrigada. Entre os meteorologistas é consenso que as previsões para os próximos três meses não são otimistas.
“Se não chover dentro de mais um mês vou abrir a porteira do curral e deixar o gado ir embora”, confessa, desolado, o pequeno criador Sebastião Curvelo, de Bom Conselho (Agreste). Bastim, como é conhecido no campo, admite abandonar a atividade de uma vida inteira, por falta de condições para alimentar os animais. Desde que a estiagem se prolongou, o produtor divide o dinheiro da aposentadoria rural com os bichos. “Fico com uma parte para a feira da família e o restante gasto com eles, mas não tô aguentando”, diz. 
Anêmicas e desnutridas, as vacas quase não produzem mais leite e deixam de gerar renda para virar um fardo. “Hoje a boia delas é folha de bananeira. Compro uma carrada por R$ 200 e ainda tenho que pagar mais R$ 200 pelo frete”, calcula Bastim, que chegou a ter 60 animais, mas hoje só restam 13. Uma parte vendeu barato e outros morreram de inanição. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário