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segunda-feira, 3 de julho de 2017

Geddel Vieira Lima é preso pela Polícia Federal


O ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) foi preso nesta segunda (3) pela Polícia Federal, na Bahia.

A prisão é preventiva, ou seja, sem prazo específico de duração, e foi determinada a pedido do Ministério Público e da Polícia Federal, para quem o ex-ministro de Michel Temer tentou atrapalhar as investigações.

A Polícia Federal deflagrou em janeiro a operação Cui Bono? ("A quem beneficia?", em latim), que mirava Geddel e sua gestão na vice-presidência de pessoa jurídica na Caixa Econômica Federal, entre 2011 e 2013.

A investigação começou a partir de elementos colhidos em um antigo celular do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

De acordo com nota da Procuradoria da República no Distrito Federal, a prisão "tem como fundamento elementos reunidos a partir de informações fornecidas em depoimentos recentes do doleiro Lucio Bolonha Funaro, do empresário Joesley Batista e do diretor jurídico do grupo J&F, Francisco de Assis e Silva".

Segundo a Procuradoria, o "objetivo de Geddel seria evitar que o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e o próprio Lúcio Funaro firmem acordo de colaboração com o Ministério Público Federal. Para isso, tem atuado no sentido de assegurar que ambos recebam vantagens indevidas, além de monitorar o comportamento do doleiro para constrangê-lo a não fechar o acordo."

Em reportagem publicada no último dia 21, o jornal "Folha de S.Paulo" mostrou que Funaro, preso desde julho do ano passado, entregou à PF registros de chamadas telefônicas que Geddel fez para sua mulher, Raquel, por meio do aplicativo WhatsApp.

Na versão do operador, Geddel ligou para sua mulher várias vezes "sondando" sobre a possibilidade de ele, Funaro, fechar acordo de delação. Os registros mostram 12 ligações de "Carainho" -apelidado dado a Geddel na agenda telefônica de Raquel- em oito dias diferentes, após a imprensa divulgar a delação da JBS.

O número atribuído a "Carainho" na agenda, com código de área de Salvador, coincide com o número de celular de Geddel, segundo a reportagem apurou.

"Na petição apresentada à Justiça, foram citadas mensagens enviadas recentemente (entre os meses de maio e junho) por Geddel à esposa de Lúcio Funaro. Para provar, tanto a existência desses contatos quanto a afirmação de que a iniciativa partiu do político, Funaro entregou à polícia cópias de diversas telas do aplicativo. Nas mensagens, o ex-ministro, identificado pelo codinome "carainho", sonda a mulher do doleiro sobre a disposição dele em se tornar um colaborador do MPF", destaca a nota da Procuradoria.

"Para os investigadores, "os novos elementos deixam claro que Geddel continua agindo para obstruir a apuração dos crimes e ainda reforçam o perfil de alguém que reitera na prática criminosa." A Justiça acatou também os pedidos de quebra de sigilos fiscal, postal, bancário e telemático do ex-ministro.

O mandado de prisão foi assinado pelo juiz Vallisney Oliveira, da 10ª Vara da Justiça Federal no Distrito Federal. A ordem foi cumprida na tarde desta segunda. Geddel deve ser transferido para Brasília.

A reportagem não conseguiu até as 17h desta segunda contato com o advogado do ex-ministro.

Geddel deixou o governo Temer, de quem é amigo de longa data, sob acusação de pressionar o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero (Cultura) para viabilizar um empreendimento na Bahia.

Também fazem parte do esquema, segundo a investigação, empresários e dirigentes de empresas dos ramos de frigoríficos, de concessionárias de administração de rodovias, de empreendimentos imobiliários. Os investigadores suspeitam que o grupo tenha praticado crimes de corrupção, quadrilha e lavagem de dinheiro.

Cerco
A prisão ocorre no momento mais delicado da gestão de Michel Temer, com o início da tramitação na Câmara de denúncia contra ele por corrupção passiva.

Com um quadro de incerteza até mesmo na base aliada, auxiliares e assessores presidenciais receiam que a operação possa ter impactos nos votos de parlamentares indecisos.

De acordo com reportagem do jornal "Folha de S.Paulo" neste domingo (2), a base governista tem evitado declarar apoio ao presidente na votação da denúncia criminal apresentada pela PGR (Procuradoria-Geral da República).

Além da possibilidade do presidente perder votos, a avaliação é de que a prisão é mais um sinal de que o cerco da Operação Lava Jato sobre o Palácio do Planalto deve aumentar.

Neste final de semana, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que "enquanto houver bambu, lá vai flecha".

Ele fica no cargo até 17 de setembro e deve apresentar mais denúncias contra o presidente.

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