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terça-feira, 24 de março de 2015

Pernambuco tem mais de 4,5 mil casos de tuberculose por ano

 

A partir desta segunda-feira, atividades de mobilização social e busca ativa de casos de tuberculose estão sendo realizadas nos municípios de Recife, Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Paulista, Camaragibe e Cabo de Santo Agostinho, entre outras cidades pernambucanas. Pernambuco registra por ano uma média de 4,5 mil novos casos de tuberculose, com uma média de 350 mortes.Os números elevados levam o estado ao quarto lugar no Brasil em taxa de incidência de tuberculose (50,4 casos por 100 mil habitantes em 2013) e o segundo lugar em mortalidade (3,8 óbitos por 100 mil habitantes). Entre as capitais brasileiras, Recife é a terceira em taxa de incidência (104,8 casos por 100 mil habitantes em 2013) e a primeira em número de óbitos.

Diante disso e com a chegada do Dia Mundial de Combate à Tuberculose (24/03), a Secretaria Estadual de Saúde (SES) mobilizou os municípios em uma campanha para alertar a população, divulgando e orientando sobre os sinais e sintomas da doença, favorecendo o diagnóstico precoce e propiciando acesso ao tratamento adequado em tempo hábil. A SES apoia as atividades, por meio do Programa de Controle da Tuberculose e do Programa Sanar, que faz o enfrentamento a sete doenças negligenciadas, entre elas, a tuberculose.

O importante que a população fique atenta aos sintomas clássicos da tuberculose, como tosse persistente, febre vespertina, sudorese noturna, falta de apetite  e emagrecimento. Pessoas que apresentem tosse por três semanas ou mais são suspeitas de ter a doença e deverão procurar um serviço de saúde mais próximo para a avaliação clínica  e realização de exames. Todo o tratamento, que dura em média,  seis meses, é gratuito.

A coordenadora do Programa de Controle da Tuberculose da SES, Cândida Ribeiro, ressalta que o frequente abandono ao tratamento, além de impossibilitar a cura, pode ocasionar resistência aos medicamentos preconizados. Atualmente, Pernambuco registra uma taxa média de abandono ao tratamento de 11%, enquanto que o preconizado pelo Ministério da Saúde (MS) é abaixo de 5%.

A referência para pacientes que apresentam algum tipo de resistência às drogas é o Hospital Otávio de Freitas e ambulatório do Hospital das Clínicas. Em relação aos pacientes coinfectados com HIV, a referência é o Hospital Correia Picanço. Já os casos que não apresentem qualquer intercorrência devem ser acompanhados nas Unidades Básicas de Saúde.


A tuberculose, doença curável e com tratamento gratuito, afeta, principalmente, os pulmões, existindo também na forma extrapulmonar (não contagiosa): ganglionar periférica, pleural, cutânea, oftálmica, renal, meníngea, entre outras, sendo transmitida pelo bacilo de Koch. A forma pulmonar bacilífera (contagiosa) é a mais relevante em saúde pública por ser a responsável pela manutenção da cadeia de transmissão. A busca ativa do sintomático respiratório constitui-se na principal estratégia de controle da tuberculose, uma vez que permite a detecção precoce das formas pulmonares.

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