Em Pernambuco, vacina tetraviral está em falta desde novembro de 2014
A vacina é oferecida pelo SUS, e com a falta, as crianças tem que tomar a tríplice viral.
Quatro meses depois de incluída no calendário das crianças, a vacina tetraviral (contra sarampo, rubéola, caxumba e catapora) começou a faltar na rede SUS. É produzida por um laboratório multinacional. Pernambuco não é abastecido pelo Ministério da Saúde desde novembro de 2014.
Ana Catarina Melo, coordenadora de imunizações do Estado, lembra aos pais que na falta da tetraviral, as crianças com 15 meses de vida devem receber uma nova dose da tríplice, que só não protege contra a catapora, mas imuniza contra as outras três doenças.
A tríplice é dada no primeiro ano de vida e deve ser reforçada para evitar o retorno do sarampo, que causou adoecimento de crianças até fevereiro de 2014 no Estado. No momento há um surto no Ceará, também no Nordeste. “Trinta dias depois da tríplice, mesmo após os 15 meses de vida, a criança pode receber a tetraviral”, explica Catarina.
Além da tetra estão em falta a BCG, contra formas graves de tuberculose, e foi reduzida a remessa da antirrábica, fabricadas por diferentes laboratórios.
Conforme fontes da área, parte do desabastecimento estaria atrelado a readequações de laboratórios a boas práticas de fabricação. Empresas iniciaram reformas e não teriam concluído serviços no tempo previsto.
Para especialistas do setor, em vez de ter incluído novas vacinas, o Ministério da Saúde deveria ter concentrado esforços para não faltar as básicas no programa de imunizações, considerado de excelência. Nos últimos dois anos o SUS conviveu com falta de vacina para tétano.
Confira a importância do programa brasileiro de imunização na entrevista concedida ano passado pela coordenadora nacional de imunização e divulgada pelo Ministério da Saúde
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