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quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Gasolina vai subir ainda neste ano, diz ministro da Fazenda

Guido Mantega falou ao G1 no Ministério da Fazenda (Foto: Alexandro Martello/G1) 
Guido Mantega falou ao G1 no Ministério da Fazenda. 

A gasolina vai ficar mais cara ainda este ano, afirmou o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Em entrevista ao G1, Mantega, que também é presidente do Conselho de Administração da Petrobras, disse também que o governo decidiu "sacrificar" o chamado "superávit primário" – que é a economia feita para pagar juros da dívida pública – em prol de gastos com investimentos, saúde e educação.

"Quem resolve o preço da gasolina é a Petrobras. Temos uma certa regularidade. Nos últimos anos, sempre teve aumento. Um ou dois. É um setor privilegiado. A maioria dos segmentos teve reajuste de preços uma vez por ano, e não duas vezes por ano. Ano passado [a gasolina] teve dois aumentos. Então, esse ano não será diferente. Vai ter aumento. Ano passado teve aumento em novembro. Quando houver a decisão, haverá um aumento. Não cabe a mim decidir isso", disse Mantega ao G1.

No ano passado, houve dois reajustes nos preços da gasolina. O primeiro aconteceu em janeiro, quando a Petrobras reajustou o diesel em 5,4% e a gasolina, em 6,6%. O último reajuste aconteceu no fim de novembro de 2013 – momento no qual a Petrobras anunciou que os preços da gasolina e do diesel foram reajustados nas refinarias, sendo que a alta foi de 4% para a gasolina e de 8% para o diesel.

Meta fiscal
 
Na mesma semana em que o Banco Central informou que o superávit primário ficou em apenas R$ 10,2 bilhões nos primeiros oito meses do ano – o pior resultado da história –, Mantega afirmou que o governo decidiu sacrificar o esforço fiscal deste ano em "prol dos investimentos, da saúde e da educação".

"Não tem desperdício. O que temos é um gasto importante para a população. Temos investimento, infraestrutura, e a área social, a educação e o Pronatec. A educação está melhorando, a população jovem está saindo com mais educação para o mercado de trabalho, vai ter salários melhores", declarou.

O ministro não garantiu, também, que a meta de superávit primário do setor público neste ano, de R$ 99 bilhões, ou 1,9% do PIB, será atingida. No mercado financeiro, a descrença é geral na obtenção do objetivo fiscal de 2014.

"Estamos fazendo um esforço. É difícil. Mais difícil do que no ano passado. Porém, temos de esperar para ver. Estamos fazendo o esforço máximo, mas sem abrir mão de investimentos. O investimento do governo vai atingir o seu maior patamar em 2014. A gente vai trabalhar para fazer o melhor primário possível", afirmou ele.

Crescimento do PIB 

Guido Mantega disse ainda que indicadores mostram que a economia está crescendo mais a partir de julho, e que a previsão do último relatório de receitas e despesas do orçamento, de uma alta de 0,9% para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, é possível. O mercado financeiro, porém, prevê um crescimento de apenas 0,29% para este ano.

"Temos indicadores de que a economia a partir de julho está crescendo mais. Em julho, produção industrial cresceu, investimento cresceu. Agosto não saiu ainda. Eu acho que a produção industrial cresceu em agosto também. Temos dados que vão nos dizendo que a economia está em uma fase de crescimento. O crédito está voltando agora bem gradualmente. Também vai melhorar", disse ele.

O ministro disse que é "difícil" fazer previsão em um cenário com muita volatilidade, como atualmente. Segundo ele, a seca impactou o crescimento mais fortemente no primeiro semestre. "Estamos em recuperação e o segundo semestre será melhor. Previsão é de 0,9%. Pode mudar até o fim do ano. Esse último trimestre certamente a economia vai crescer mais. Dá para chegar no 0,9%", concluiu.

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