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terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Lotação prejudica ressocialização no presídio de Santa Cruz do Capibaribe

Detentos fizeram uma rebelião no presídio de Santa Cruz do Capibaribe (Foto: Ney Lima/Divulgação)
Inaugurada em 2015, unidade prisional conta atualmente com 447 presos.
Na rebelião deste fim de semana, um preso foi morto e 13 ficaram feridos. 

A rebelião ocorrida no fim de semana chamou atenção para a quantidade de detentos no presídio de Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste de Pernambuco. Inaugurado em 2015, a unidade prisional conta com 22 celas com capacidade total para acolher 186 reeducandos. No entanto, atualmente 447 presos cumprem pena no local.
A lotação é quase três vezes a quantidade ideal, conforme informou a secretaria de Ressocialização. Doutora em Direitos Humanos, a professora Ana Maria de Barros disse que a superlotação na unidade prisional reflete um problema nacional.

"Temos em Santa Cruz do Capibaribe uma penitenciária nova com os mesmos problemas recorrentes nas unidades antigas do Brasil, como a superlotação e áreas dominadas por chaveiros e criminosos. Com isso, a situação que fica é essa que vimos no fim de semana", conta.

O professor Adrielmo Moura corrobora com o pensamento de Ana Marias e afirma que a questão da superlotação prejudica as políticas de ressocialização. "Uma das maiores reclamações dos presos são os acessos de prazo para o término das ações penais. Um processo que era para demorar seis meses, passa mais de um ano parado", diz.

Os docentes avaliam ainda que o desrespeito a Lei de Execuções Penais acaba desencadeando problemas como os ocorridos neste fim de semana no Agreste de Pernambuco, já que os presos não são separados pelos tipos de crimes cometidos.
"A crise penitenciária se transformou nesse caldeirão que a gente observa hoje. Nós temos um estado incapaz de lidar com  essa desordem que se tornou o sistema penitenciário. Temos um modelo caduco que o crime domina e humilha o Estado o tempo todo. É necessário repensar o modelo de aprisionamento no Brasil",. diz Ana Maria de Barros.

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