Apagão do Santa Cruz na Segundona chega em Belém e Ricardinho balança
Os circuitos de um gerador explodiram, deixando o caldeirão da Curuzu numa penumbra e atrasando bastante a peleja em Belém. Foram 54 minutos de espera até que a energia fosse restabelecida. A luz não voltou para o Santa Cruz. O título estadual foi comemorado com toda justiça, mas a limitação técnica da equipe era evidente. Desde então, contra adversários de um nível técnico um pouco melhor (do que Serra Talhada, Central e Salgueiro), o time se apagou. São quatro derrotas em cinco jogos, num início já preocupante na Segundona. A título de comparação, dez pontos separam alvirrubros (13) e tricolores (3). A derrota para o Paysandu por 2 x 1, num jogo ruim, aumentou o questionamento sobre o trabalho de Ricardinho. Aliás, este é o senso comum sobre a situação.
Uma visão mais periférica alcança a reposição ruim e a queda de rendimento de alguns atletas (como o meia João Paulo, eleito o melhor do Estadual). Mas há também uma parcela de culpa do treinador, que mesmo mudando cinco peças não abre mão de um sistema extremamente precavido – mas que já foi vazado dez vezes em cinco rodadas. Ao ensaiar um pouco mais de ofensividade, vem a carência máxima do atual campeão pernambucano. Bruno Mineiro, que em janeiro parecia uma ótima contratação (na visão do blog), simplesmente não consegue cumprir um papel decente. E depender apenas de Anderson Aquino (autor do gol de pênalti no Pará) não é a melhor das ideias.
A isso tudo, adicione um problema crônico no desempenho de qualquer time: salário. É simplesmente uma regra não escrita no futebol, a de que o um grupo com os ordenados atrasados (de forma recorrente) cai vertiginosamente. A bronca, claro, foi ver esse cenário estourar na competição mais importante do ano para o Santa Cruz. O texto soou pessimista demais? Para alguns torcedores, sem dúvida. Seguem com a visão turva em relação à conquista local. Enxergam a saída de Ricardinho como solução. Talvez a mais barata, só.
Nenhum comentário:
Postar um comentário