Segundo o Laboratório de Sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em apenas uma semana foram registrados mais de 500 tremores nas cidades de Caruaru e São Caetano. Os abalos mais fortes chegaram a 4,7 graus na escala Richter. A Defesa Civil de São Caetano, cidade onde os abalos são mais fortes, não registrou nenhum tipo de dano no período. O Laboratório de Sismologia (LabSis) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) está instalando sete novos sismógrafos, equipamentos de medição dos tremores, na cidade.
A dona de casa Rosimeire Alta despertou assustada na madrugada de 2 março de 2016. “Acordei com um estrondo e os vidros chacolhavam muito. Durmo no andar de cima, mas embaixo você sente o chão tremendo”, comenta. Moradora de Caruaru desde a década de 1980, Rosimeire relata nunca ter acompanhado eventos dessa magnitude. “Fico com medo, porque é muito forte e está acontecendo bastante”, completa. O coordenador do LabSis da UFRN, Aderson Nascimento, acredita que não há motivo para receio. “Essa região do Agreste pernambucano já teve uma atividade muito grande em 2007 e nas décadas de 1980 e 1990, devido a uma reativação de parte da estrutura geológica Lineamento Pernambuco, presente na área. Provavalmente agora assistimos a uma nova reativação”, explica.
Aderson coloca que, apesar de já conviver com o fenômeno, é importante que a população tome alguns cuidados. “É uma atividade moderada. É preciso se precaver contra a queda de objetos nas pessoas e telhas nas casas, que podem ganhar uma terceira ripa. Ao sentir um evento assim, uma boa medida é ir para debaixo de mesas”, alerta.
O coordenador da Defesa Civil de São Caetano, José Ariberto Soares, acompanhou a instalação de sismógrafos feita pelo Laboratório de Sismologia (LabSis) da UFRN na cidade. “Até este 2 de março estarão sendo implantados sete sismógrafos em regiões diferentes da cidade. Até agora, não há nenhum registro de danos causados pelo fenômeno”, afirma. Os dados obtidos pelos novos dispositivos de medição serão avaliados pelo LabSis no Rio Grande do Norte, que encaminhará todas as informações obtidas para as autoridades locais. “Os dois profissionais envolvidos voltam, mas os equipamentos ficam fazendo a medição. Serão necessárias algumas voltas aos locais em que eles estão, mas para manutenção”, diz o coordenador do laboratório.
Com informações do Diario de Pernambuco
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