Atualmente, o grupo é formado por 72 mulheres, com idades dos 8 aos 80 anos.
(Reprodução: Internet)
Na próxima segunda-feira (7) O Maracatu Feminino Coração Nazareno, da Associação das Mulheres de Nazaré da Mata (Amunam), recebe, em Brasília (DF), a Ordem do Mérito Cultural (OMC), maior condecoração da cultura brasileira, realizada pelo Ministério da Cultura (MinC). A solenidade do Mérito Cultural será realizada às 19h, no Palácio do Planalto, com as presenças do presidente da república, Michel Temer e do Ministro da Cultura, Marcelo Calero. A idealizadora e coordenadora executiva do grupo, Eliane Rodrigues, vai representar o grupo na homenagem. Este ano, em sua 22ª edição, além do Maracatu de Baque Solto Coração Nazareno, serão agraciadas outras seis entidades do País, divididas em três classes: grã-cruz, comendador e cavaleiro.
O Maracatu Feminino de Baque Solto Coração Nazareno foi fundado em 08 de março de 2004 (Dia Internacional da Mulher), pela Associação das Mulheres de Nazaré da Mata – Amunam. Atualmente, o grupo é formado por 72 mulheres, com idades dos 8 aos 80 anos. Patrimônio Imaterial do Brasil, o maracatu, surgiu com o objetivo de inserir as mulheres atendidas pela Associação nas manifestações de cultura popular, que, até a década de 90 era predominantemente realizada por homens. Ao longo de 12 anos de trajetória, o Maracatu Feminino de Baque Solto Coração Nazareno, já coleciona dois CD’s; e vários prêmios, como o Cultura Popular nas Ondas do Rádio, coordenado pela Rede Criar Brasil, do Rio de Janeiro, com a música “Eu peço a Deus, Pai dos Pais”, do primeiro CD; e o Prêmio Culturas Populares – 100 Anos Mazzaropi, do Ministério da Cultura.
O grupo, além de proporcionar o protagonismo feminino na dança, também trabalha junto à comunidade com a ideia da economia criativa, onde a Amunam, por meio do Ponto de Cultura Engenhos dos Maracatus, oferta, gratuitamente as mulheres e suas famílias oficinas de artesanato voltada para produção de adereços de maracatus. O trabalho desenvolvido pelo maracatu também já foi contado em vários documentários, curtas-metragens e livros – como mais recente – “A Mulher no Maracatu Rural”, da historiadora da UFPE, Tamar Thalez.
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