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terça-feira, 8 de novembro de 2016

Energia sofrerá reajuste e deve subir entre 10% e 12,5% em 2017

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 Os motivos de mais um tarifaço na conta de luz passam pelo pagamento de indenizações de R$ 65 bilhões às transmissoras de eletricidade. (Reprodução: Internet)

O próximo ano será de mais desafios para o setor elétrico e para o bolso dos brasileiros. A previsão de especialistas é de um aumento entre 10% e 12,5% nas faturas em 2017. Os motivos de mais um tarifaço na conta de luz passam pelo pagamento de indenizações de R$ 65 bilhões às transmissoras de eletricidade. Postergado desde 2013, por mudanças regulatórias na formação do preço da energia e pelas condições desfavoráveis na geração, o pagamento vai provocar cobrança extra já em novembro.


Além dos riscos iminentes, o setor requer atenção também a médio e a longo prazos, uma vez que o caos só não é maior porque o consumo de energia despencou com a crise econômica. Para impulsionar a retomada do crescimento, o governo precisa viabilizar novos empreendimentos, sobretudo porque o projeto da Usina Hidrelétrica de São Luiz do Tapajós, no Pará, foi cancelado. Nesta segunda-feira, o ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Coelho Filho, viaja para a Bolívia, onde, entre outras coisas, vai assinar uma parceria para iniciar estudos de uma hidrelétrica binacional no Rio Madeira, com potencial de gerar mais de 3 mil megawatts (MW).
A despeito de o Planalto estar inclinado a incentivar cada vez mais a geração por meio de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), usinas eólicas e painéis fotovoltaicos de energia solar, não pode prescindir das termelétricas, que geram a eletricidade mais cara do mercado. E uma mudança regulatória em gestação, que está em audiência pública, mas deve entrar em vigor em maio do ano que vem, pode impactar na formação do preço de liquidação das diferenças (PLD), um parâmetro do setor para precificar a energia gerada e consumida.

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