Os professores da rede municipal de ensino voltaram a protestar na noite desta quinta-feira (05), na Câmara Municipal de Caruaru. O objetivo dos docentes é mostrar aos parlamentares que a intenção não é cessar em nenhum momento com os protestos e também expressar a indignação da categoria com a aprovação do projeto do Plano de Cargos e Carreiras da Educação (PCC).
Logo na chegada dos professores à Casa Legislativa foi informado pelos porteiros que só poderiam acessar o plenário dezoito professores. “Nós temos mais que dezoito professores e mais uma vez fomos impedidos de entrar na Casa do Povo. Nós estamos no lado de fora, mas unidos, e a luta continua”, afirmou o diretor do Sindicato dos Servidores Municipais de Caruaru, Carlos Amaral.
Desta vez, os docentes utilizaram no protesto faixas denominando os parlamentares como "inimigos da educação". Além disso, palavras de ordem foram usadas e mascaras caracterizando o rosto dos vereadores da situação.
Durante a reivindicação, o presidente da Associação dos Trabalhadores em Educação de Caruaru (Atec) afirmou que os professores vão fazer protestos nos bairros dos vereadores agora. “ Nós vamos em cada bairro que seja reduto de votos de vereador e vamos mobilizar a categoria para realizarmos mais protestos nestas localidades. Nós não vamos descansar nem um momento e agora vamos partir para mobilizar toda cidade ”, disse.
Durante a reunião, os parlamentares da base do governo resolveram utilizar a tribuna da Casa e afirmaram que o movimento é puramente político.
O presidente da Comissão de Educação na Câmara de Vereadores, Edjailson Silva (PTdoB), respondeu às críticas do professores: “Quanto tempo faz que essa minoria de professores faz protesto aqui? Eles nunca procuraram a Comissão de Educação, não são professores, são sindicalistas. O que está acontecendo é a perturbação do sossego, vou pedir ao presidente da Casa para acionar o Ministério Público e que seja constado em ata”.
Já o líder do governo, o vereador Demóstenes Veras (PSD), foi direto: “O objetivo do protesto é desmoralizar os vereadores e finalizo minha discussão sobre o PCC na Câmara Municipal".
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