Romper ou não romper |
A favor do projeto do pernambucano só há dois cenários, ambos temerários. O primeiro e mais otimista é que Campos poderia atropelar Dilma Rousseff. Surfaria na fadiga de material do PT, há mais de uma década no poder. Sairia vencedor em 2014. Esse desfecho não é impossível, embora seja altamente improvável, dadas as condições atuais. O governo do PT despeja milhões de reais no mercado. Dá dinheiro quase de graça para empresas tomarem emprestado. Corta impostos a granel. Fortalece programas sociais. São medidas que não consertam a economia, mas empurram a conjuntura de hoje até a campanha eleitoral de 2014. Aí fica difícil fazer oposição. O segundo cenário supostamente favorável a Campos é ainda mais frágil: como candidato, mesmo perdendo, ele acumularia forças para 2018. Na história política presidencial recente, essa estratégia deu certo apenas para Luiz Inácio Lula da Silva -- que era um líder sindical já conhecido nacionalmente desde sempre e tinha por trás de si o PT. Campos não é Lula, muito menos o PSB é o PT. Se os fatores pró-candidatura de Campos são frágeis, os riscos são muito mais robustos. Com quem o PSB poderia se coligar nos 26 Estados e no Distrito Federal para eleger deputados, senadores e governadores? Só partidos nanicos. Os principais estarão alinhados a Dilma Rousseff ou a outros candidatos -- Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (Rede). Também parece óbvio que o PT tentará dizimar Campos e o PSB logo após o eventual rompimento. Há risco real de ele e seu partido saírem do processo menores do que entraram. Tudo isso será bem ponderado até março ou abril de 2014. |
quarta-feira, 27 de março de 2013
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